Câmara atende apelo do presidente do Conespi e decide participar na campanha contra as reformas da Previdência e trabalhista

07-03-17-chico com matheusAtendendo apelo feito pelo presidente do Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba), Francisco Pinto Filho, o Chico, a Câmara de Vereadores de Piracicaba decidiu que estará se engajando na campanha institucional da entidade contra as reformas da Previdência Social e da legislação trabalhista, que vão afetar a população brasileira. Chico utilizou a tribuna popular da Câmara de Vereadores de Piracicaba na sessão desta última segunda-feira, 06 de março, dentro da campanha institucional iniciada pelo Conespi como forma de chamar a atenção da sociedade para as reformas que tramitam no Congresso Nacional, e ganhou o apoio incondicional do presidente da Casa, Matheus Erler, que já colocou os departamentos da Casa à disposição deste movimento, que pretende atrair outros segmentos, como OAB e entidades que também têm preocupação com estas propostas de mudanças que tramitam no Congresso Nacional.

O presidente do Conespi destacou que “hoje, se perguntarmos para as pessoas, a opinião sobre estas propostas do governo, com certeza, a maioria vai se posicionar contrária, mas vai dizer que são necessárias. É que o governo, já há anos, e agora mais intensamente, passou a fazer uma campanha de massificação, para que estas duas propostas sejam aprovadas. Diz que a Previdência Social está quebrada e que a legislação trabalhista é ultrapassada. Infelizmente, inverdades que a população já está acreditando ser verdade, porque está sendo embutido na mente de cada um”, destacou.

07-03-17-conespi câmaraPara Chico, as propostas, “se aprovadas como estão, vão significar um ataque à nossa população, principalmente a de menor poder aquisitivo. Vejamos, para se aposentar, o trabalhador, seja homem ou mulher, terá que ter, no mínimo 65 anos, seja do campo e da cidade; e aumenta o tempo de contribuição de 15 anos para 25 anos. O conjunto de medidas impõe tantas dificuldades e restrições que praticamente inviabilizam que amplas parcelas de trabalhadores e trabalhadoras consigam se aposentar. Quantos de nós conseguimos nos mantermos no trabalho até 65 anos ou mais. É que para se aposentar, inclusive com salário integral, terá que ter 65 anos de idade e mais 49 de contribuição?”, questionou.

O presidente do Conespi também destacou que também há dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais que contestam os dados do governo e garante que a Previdência Social têm superávit, até porque a Previdência não arrecada só do trabalhador e do governo, mas tem cinco fontes de arrecadação.

Já a reforma trabalhista, de acordo com o presidente do Conespi, que quer alterar boa parte da legislação trabalhista brasileira, que asseguram o mínimo para os nossos trabalhadores, como férias de 30 dias; 13º salário; horas extras, entre outros ganhos, também promete deixar os trabalhadores sem alternativas. “É que a proposta do governo estabelece que as convenções e acordos coletivos de trabalho poderão prevalecer sobre o que determina a legislação trabalhista.  Isso vai possibilitar que o empregador reúna os trabalhadores  e estabeleça suas necessidades, muitas vezes reduzindo benefícios e até salários. No cerne da proposta há um ataque ao movimento sindical, dando poderes para que as empresas constituam comissões que terão poder de negociação com a empresa. Pior é que estas comissões ficarão submissas e sem poder da verdadeira representatividade”, disse, ressaltando que estas reformas  significam “empobrecimento da nossa população”.

“Se a reforma da Previdência dificulta ou acaba com o direito à aposentadoria e/ou pensão, porque pode destruir a Previdência Pública – continua o presidente do Conespi —  a reforma trabalhista pode destruir os direitos trabalhistas, o Direito do Trabalho e a Justiça do Trabalho. Uma “reforma” completa a outra, numa lógica perversa que precisa ser denunciada”, falou.

Dentro desta campanha, o presidente eleito do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba, Wagner da Silveira (o Juca) utilizará a tribuna  popular da Câmara na sessão desta próxima quinta-feira, 9 de março. Até agora, já utilizaram a tribuna Fânio Luis Gomes, presidente do Sindicato de Alimentação, e Milton Costa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário.

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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