Com reajustes nas tarifas de água, Conespi pede isenção para trabalhadores desempregados

_DSC0514Com o reajuste aplicado nas tarifas de água e esgoto pelo Semae, a partir deste mês, que estão variando de 15% a 88% — dependendo da faixa de consumo – o Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (Conespi) quer isenção para os trabalhadores desempregados. O pedido foi pedido extraoficialmene nesta manhã de segunda-feira, 24 de agosto, durante reunião do presidente do Conespi, Francisco Pinto Filho, o Chico, com o presidente do Semae, Vlamir Schiavuzzo, que foi cobrar explicações sobre os motivos que levaram a autarquia a aplicar novos reajustes nas tarifas. Da reunião também participaram os diretores do Conespi, Fânio Luis Gomes, Edson Batista dos Santos e José Antonio Fernandes Paiva, que também é vereador.

O presidente do Semae deixou claro que o reajuste está sendo aplicado para garantir a plena manutenção do abastecimento,  uma vez que com a crise hídrica ocorreu queda no consumo e consequentemente na receita, que está similar a do ano de 2013, de aproximadamente R$ 9,5 milhões por mês. No entanto, os gastos da autarquia continuam os mesmos para garantir o mesmo nível de fornecimento de água, ultrapassando a casa dos R$ 10 milhões mensais, _DSC0499valores necessários para custear os aumentos nas contas de energia, produtos químicos e reajuste dos servidores. “Só a conta de energia do Semae passou de R$ 1.300 mil para R$ 2.700 mil mensais, enquanto que os produtos químicos tiveram aumento de 11%”, ressaltou, daí a necessidade da aplicação do reajuste de 9,12% no início do primeiro semestre e este novo, neste mês, com base na Lei Municipal 7371/2012, aprovada pela Câmara de Vereadores, que dá poderes ao Semae de remeter à Agência Reguladora de Recursos Hídricos pedido de autorização para reajustes nas tarifas.

 Vlamir explicou que apesar da queda na arrecadação, o Semae manteve o mesmo nível do serviço e da água oferecida aos consumidores. De acordo com ele, 52% dos consumidores terão reajuste na tarifa de R$ 3,52, sendo que para 84% serão aplicados 15% do reajuste, que é escalonado. “Mesmo assim, a nossa tarifa continuará sendo a menor da região, comparando as cidades como Americana, Limeira, Rio Claro, Campinas…”, disse. Conforme o presidente do Semae, também há um projeto de contenção das perdas de água, em que a autarquia precisa dar sua contrapartida para as verbas bancadas por financiamentos do governo federal, em que o município entra com 20% do montante para que os recursos sejam liberados.

Apesar destas explicações, o Conespi quer que o Semae encontre mecanismos para conceder isenções a trabalhadores que estão perdendo o emprego e estão enquadrados em baixa renda. A ideia é de criar uma comissão, envolvendo as Secretarias Municipais de Trabalho e Renda, e a de Desenvolvimento Social, para que trabalhadores desempregados e de baixa renda, possam ter isenção na tarifa, por um determinado período e até um certo limite de consumo, conforme o número de moradores no domicílio. “O nosso entendimento é de que há trabalhadores que também estão tendo sérias dificuldades de arcar com mais este reajuste, principalmente os que estão perdendo o emprego. Eles até recebem o seguro-desemprego, mas isso é por um tempo determinado e a nossa preocupação é quando este deixar de receber este auxílio e ainda estiver desempregados. Daí o nosso pedido ao presidente do Semae que demonstrou boa vontade em estudar este nosso pedido”, ressalta o presidente do Conespi, Francisco Pinto Filho, o Chico.

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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