Comissão de Saúde do Trabalhador reforça pedido de fiscalização para combater acidentes de trabalho

_DSC0361A Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador (CIST) vai reforçar o pedido de ampliação das fiscalizações nos canteiros de obras para combater os acidentes de trabalho no setor da construção civil. O assunto foi debatido nesta manhã de segunda-feira, 9 de novembro, durante reunião que aconteceu no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba (Sinticompi), quando foram avaliadas as deliberações XX Sempat (Semana Municipal de Prevenção de Acidentes de Trabalho), realizada nos últimos dias 22 e 23, e a audiência pública, realizada no último dia 29, com participação do Ministério Público do Trabalho, do Ministério do Trabalho e do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), quando foi estabelecido a necessidade de cobrar das construtoras e empreiteiras que atuam em obras em Piracicaba e região para que priorizem a gestão de segurança, como fazem com os projetos de execução das obras.

A CIST é atrelada ao Conselho Municipal de Saúde, representada pela sociedade civil, com a finalidade de articular políticas e programas de interesse para a saúde, e para isso realiza mensalmente reuniões para avaliar o trabalho desenvolvido e propor novas iniciativas. De acordo com Milton Costa, coordenador da CIST e presidente do Sinticompi, a expectativa é para o desenvolvimento de uma força tarefa de fiscalização em canteiro de obras na cidade, envolvendo os diversos setores. No encontro desta manhã, a coordenadora do Cerest, Clarice Bragantini, garantiu que o órgão já está nas ruas intensificando as fiscalizações em canteiros de obras, como forma de garantir ambientes seguros de trabalho.

_DSC0358Neste momento, uma das preocupações da CIST é contribuir para a conscientização das construtoras e empreiteiras para que assumam de fato a responsabilidade com a saúde e segurança do trabalhador. Os 643 acidentes registrados na cidade no setor da construção civil, somente nos nove primeiros meses deste ano, sendo 442 leves, 189 moderados, oito graves e três fatais, estes por quedas de altura, para Milton Costa mostra que há necessidade de um trabalho mais eficiente. “Estamos desenvolvendo um trabalho de alerta e conscientização e, com certeza, a fiscalização dos órgãos que tem esta atribuição vai contribuir para mudarmos o atual cenário de desrespeito a vida do trabalhador”, destaca.

De acordo com Milton Costa, o Comitê Permanente Regional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção de Piracicaba (CPR), que desenvolve um trabalho tripartite, com a participação do trabalhador, do empresariado e do governo, além de universidades, também vai ampliar seu trabalho, passando também a discutir e propor medidas tanto para cumprimento como adequação das normas regulamentadoras de segurança. “Vínhamos desenvolvendo um trabalho voltado a palestras de capacitação, mas entendemos que há necessidade também de um maior envolvimento dos responsáveis pelas obras, principalmente as construtoras, para que possamos estabelecer medidas que visem garantir a segurança do trabalhador”, completa.

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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