Conespi lança campanha pela correção da tabela do Imposto de Renda

O Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (Conespi) lançou oficialmente nesta segunda-feira, 30 de julho, a campanha pela “Correção da tabela do Imposto de Renda já”, que está defasada em mais de 88,40%, prejudicando diretamente os trabalhadores assalariados e provocando injustiça social. O lançamento foi feito durante coletiva de imprensa na sede do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba, Rio das Pedras e Santinho, quando foi apresentado o material de divulgação da campanha que coletará assinaturas em apoio à correção da tabela.

Os sindicatos de trabalhadores filiados ao Conespi passarão a contar com faixas de divulgação da campanha e com lista de abaixo-assinados. Também estão previstas de assinaturas em locais públicos da cidade, assim como em portas de indústrias, no comércio e universidades. É que estudos indicam que se a defasagem fosse corrigida, a faixa de isenção de pagamento do Imposto de Renda, que hoje é para quem ganha até R$ 1.903,98, subiria para aqueles que recebem até R$ 3.556,56, assim como aumentaria os valores permitidos para as deduções. Por exemplo, por dependente passaria de R$ 2.275,08 ao ano para R$ 4.286,28 ao ano.

De acordo com o presidente do Conespi, Wagner da Silveira, o Juca dos Metalúrgicos, a intenção é de sensibilizar a opinião pública, uma vez que “todos estão perdendo muito com a defasagem na correção da tabela do imposto de renda. Nossa meta é de que esta campanha alcance abrangência nacional, envolvendo as centrais sindicais e outros organismos da sociedade que já defendem a correção da tabela, e force o governo a apresentar o orçamento da União para o próximo ano, já com a proposta de correção”, destaca.

Para o presidente do Conespi, a correção da tabela do imposto de renda contribuirá tanto para elevar a taxa de crescimento do país, o que garantirá a geração de novos empregos, beneficiando a todos, principalmente os 13 milhões de trabalhadores que estão desempregados. “A nossa intenção é de que o dinheiro que o trabalhador paga a mais de Imposto de Renda, de forma obrigada, possa ser mais bem investido no consumo, para melhorar a sua qualidade de vida, assim como no seu próprio aprimoramento educacional e ou colocado na Caderneta de Poupança. Não podemos ficar calados diante de toda esta situação. Não podemos continuar pagando esta conta!”, completa.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Papel, Papelão e Cortiça de Piracicaba, Francisco Pinto Filho, o Chico, a correção da tabela é uma forma de garantir aumento aos salários dos trabalhadores, que são penalizados pela “mordida do leão no seu contracheque”.

O vice-presidente do Conespi, José Antonio Fernandes Paiva, enfatiza que o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) argumenta que nos últimos 20 anos não houve correção da tabela do IR em quatro governo diferentes. “No acumulado entre 1996 a 2017, a defasagem é de 88,40%”, diz. Para Paiva, trata-se de uma “apropriação indébita do governo. É indispensável a correção”, enquanto que Fânio Luis Gomes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Piracicaba conta que a campanha lançada em Piracicaba é “uma sementinha” que deve ser espalhada por todo país, uma vez que é desejo de todos a correção da tabela do IR.

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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