Conespi participa de ato contra retirada dos direitos dos trabalhadores em frente à Fiesp

WhatsApp Image 2016-08-15 at 11.53.00 (1)Dirigentes sindicais ligados ao Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (Conespi) e à Força Sindical participam nesta terça-feira, 16 de agosto, do Dia Nacional de Mobilização e Luta pelo Emprego e pela Garantia de Direitos, que será marcado por ato público em São Paulo, a partir das 10 horas, que será realizado na avenida Paulista, em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A decisão de participar deste ano foi tomada nesta manhã de terça-feira, 15 de agosto, em reunião na sede da Regional da Força Sindical.

O ato, liderado pelas centrais sindicais, é para chamar a atenção da sociedade para as investidas que o governo interino do presidente Michel Temer pretende fazer sobre a classe trabalhadora, para retirar ou diminuir direitos, entre eles aumentar o tempo de trabalho e de idade para aposentadoria.  A escolha da Fiesp é em função de ser símbolo da precarização dos direitos dos trabalhadores, assim como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que propôs o aumento da jornada de trabalho para 80 horas semanais.

Os dirigentes estão convictos de que a mobilização nacional é a principal resposta às medidas prejudiciais aos interesses do povo brasileiro. “Historicamente, o Conespi sempre participou de atos em defesa dos trabalhadores e neste momento é imprescindível a nossa participação para ajudarmos a engrossar este movimento”, destaca Fânio Luis Gomes, diretor do Conespi e coordenador da Regional da Força Sindical.

IMG_20160815_093418644_HDRDe acordo com ele, o ato é contra o que o movimento sindical tem entendido como “Agenda de Retrocessos”, encaminhada pelo Governo Federal e aderida por parlamentares contrários as conquistas obtidas na Constituição Federal em 1988. Para Fânio Luis Gomes, “a água já chegou ao pescoço e se não nos organizarmos perderemos muitos direitos duramente sacramentados em muitos anos de luta. Não fazer nada significa aceitar o retrocesso, e não podemos vacilar. A conjuntura nos cobra unidade acima de quaisquer divergências. Combater a precarização do trabalho, neste momento, é o que devemos fazer com muita ênfase”, destaca.

Entre as reivindicações que farão parte deste ato estão a redução da taxa de juros que viabilizem a retomada do crescimento industrial; redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários; retomada do investimento público e privado em infraestrutura produtiva, social e urbana, ampliando os instrumentos para financiá-la; retomada e ampliação dos investimentos no setor de energia, como petróleo, gás e fontes alternativas renováveis, em especial a Petrobrás e o Pré-Sal. Os sindicalistas também vão reivindicar o destravamento do setor de construção, através de instrumentos institucionais adequados, que garantam a manutenção das atividades produtivas e dos empregos nas empresas do setor, assim como a criação de condições para o aumento e manutenção da produção e das exportações da indústria de transformação. Também é pleiteada a adoção e aprofundamento de políticas que deem sustentação ao setor produtivo, de adensamento das cadeias e reindustrialização do país, com contrapartidas sociais e ambientais, assim como incentivos às políticas de fortalecimento do mercado interno para incrementar os níveis de produção, consumo, emprego, renda e inclusão social.

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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