Conespi prepara greve geral em Piracicaba no dia 28 de abril contra as reformas

04-04-17-reuni__o 3O Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (Conespi), entidade que congrega cerca de 30 sindicatos e que representa aproximadamente 200 mil trabalhadores da ativa e aposentados em Piracicaba e região, decidiu que participará da greve geral nacional marcada pelas centrais sindicais para o próximo dia 28 de abril, como forma de protesto contra às propostas de reformas da Previdência Social e da legislação trabalhista, que tramitam no Congresso Nacional. O tema foi abordado em reunião da direção do Conespi, que se reuniu nesta manhã de terça-feira, 4 de abril, na sede da Regional da Força Sindical, e a ideia é de parar indústrias, indústrias metalúrgicas, comércio, transporte, bancos, enfim, os diversos segmentos econômicos instalados no município, para mostrar que os trabalhadores de Piracicaba são contrários às reformas.

A greve geral nacional, conforme o presidente do Conespi, Francisco Pinto Filho, o Chico, foi estabelecido no calendário de lutas das centrais sindicais como forma de protestar contras as reformas que vão prejudicar a população e os trabalhadores. “Queremos que o governo discuta melhor com a sociedade estas propostas que só vão penalizar ainda mais os trabalhadores”, argumenta.

O 28 de abril também é o “Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho” e a proposta é de aproveitar as manifestações para também desenvolver ações, lembrando da data e repudiar as doenças e acidentes de trabalho que continuam matando milhares de trabalhadores todos os anos.

O presidente do Conespi  destaca, ainda, que as propostas do Governo Federal para a Reformas da Previdência Social e da legislação trabalhista devem aumentar significativamente o número de acidentes e doenças do trabalho no Brasil, uma vez que ambas reduzem o direito dos trabalhadores no acesso aos benefícios sociais e direitos conquistados na Constituição Federal de 1988. “Com a proposta para Reforma da Previdência que impõem uma idade mínima de 65 anos para aposentadoria e com severos cortes nos benefícios por incapacidade, tanto de doença, como por invalidez, é importante que ampliemos nossa luta para a melhoria dos ambientes de trabalho. Já a proposta de Reforma Trabalhista é o que os Patrões sonham, uma vez que  poderá prevalecer o negociado sobre o legislado, jogando nossas conquistas na “lata do lixo” e podendo ter jornadas consecutivas de até 24 horas com descanso posterior. Já  é sabido que o excesso de jornada tem provocado um alto índice de acidentes graves e fatais”, enfatiza Chico.

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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