Conselho Sindical do Ministério do Trabalho é contra as reformas trabalhista e da Previdência Social

09-03-17-conselho sindical 0O Conselho Sindical Regional, órgão ligado à Gerência do Ministério Público em Piracicaba, é contrário às propostas de reformas da Previdência Social e da legislação trabalhista, que tramitam no Congresso Nacional. Durante reunião nesta manhã de quinta-feira, 9 de março, na sede do Sindicato dos Bancários de Piracicaba, dirigentes sindicais de Piracicaba e região se reuniram com o coordenador do Conselho Sindical Regional, Antenor Varolla, que é o gerente do Ministério do Trabalho, e decidiu tirar documento com posição contrária às reformas, que será encaminhada às Câmaras de Vereadores de Piracicaba e da região, a parlamentares da região, assim como ao Congresso Nacional, ao governo federal e às centrais sindicais, mostrando esta posição.

O Conselho Sindical Regional do Ministério do Trabalho representa as cidades de Piracicaba, Limeira, Capivari, Charqueada, São Pedro, Águas de São Pedro, Iracemápolis, Cordeirópolis, Rio das Pedras, Elias Fausto, Monte Mor, Mombuca, Rafard, Saltinho e Santa Maria da Serra, tendo sido criado, conforme o presidente do Conespi, Francisco Pinto Filho, o Chico,  para ser uma  importante ferramenta de fortalecimento da relação dos trabalhadores com o Ministério do Trabalho e para o desenvolvimento de  ações para garantir o cumprimento da legislação trabalhista. “Este Conselho Sindical de Piracicaba e região representa mais de um milhão de trabalhadores e esta posição vai contribuir para ajudar a pressionar o Congresso Nacional e o governo federal a rever estas propostas de reforma”, diz Chico, que também é presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Papel, Papelão e Cortiça de Piracicaba.

Durante a reunião, foi criada uma comissão para redigir o documento do Conselho Sindical que vai se posicionar contrário às reformas, em função delas retirarem direitos dos trabalhadores, uma vez que o entendimento é de que os trabalhadores aceitam negociar o que não têm, não o que já está garantido. Tendo como lema “nenhum direito a menos!”, o documento vai mostrar pontos contidos na reforma da legislação trabalhista que vão reduzir direitos, como nas férias, jornada de trabalho, participação nos lucros das empresas, banco de horas, no plano de cargos e salários, nos intervalos entre uma jornada e outra, entre outros que vão penalizar os trabalhadores, como a reforma da Previdência Social que, praticamente, impede que o trabalhador venha a se aposentar, já que estabelece como idade mínima de 65 para a requisição da aposentadoria. “Estas são conquistas históricas dos trabalhadores e não vamos abrir mão”, diz Chico.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba, José Antonio Fernandes Paiva, defendeu uma articulação regional contra estas propostas de reforma, destacando que “esses direitos só podem ser negociados por quem o conquistou e não retirados por uma reforma sem discussão com a sociedade”. Para Milton  Costa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba (Sinticompi), a sociedade precisa reagir contra estas reformas. “Com os trabalhadores que temos mantido contato recebemos o pedido para que o movimento sindical intervenha e ajude a impedir estas reformas. O trabalhador está preocupado porque já sabe dos prejuízos que vai ter. A reforma trabalhista vai enfraquecer as relações de negociações dos trabalhadores e não garante mais emprego, enquanto que a da Previdência Social praticamente vai impedir que o trabalhador possa, um dia, se aposentar”, destacou.

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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