Construtora atrasa salários e trabalhadores paralisam construção de escola municipal no Vila Nova

Um grupo de mais de 20 trabalhadores da Construtora Enplan, de São Paulo, que atua nas obras de construção de uma escola municipal para atender aos moradores do empreendimento Vila Nova, conjunto de prédios do programa Minha Casa Minha Vida, localizado às margens da SP-304, que liga Piracicaba a São Pedro, logo após o Parque Piracicaba, cruzaram os braços nesta manhã desta última segunda-feira, 15 de abril por atraso no pagamento dos salários e mantêm o movimento nesta terça-feira, 16 de abril. A informação é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba, Milton Costa, que está apoiando a iniciativa do grupo de trabalhadores.

De acordo com Milton Costa, sem receber os salários desde fevereiro, os trabalhadores tanto da decidiram cruzar os braços. “É inconcebível que uma empresa que está construindo uma obra para a Prefeitura atrase os salários dos seus funcionários, não dê satisfação e não fornece os equipamentos de segurança”, destaca o presidente do Sinticompi.

De acordo com o trabalhador piracicabano José Cícero dos Santos, 36 anos, que trabalha para uma empresa terceirizada na construção da escola, a promessa foi de que o pagamento dos salários seria feito na última quinta-feira, o que não ocorreu. “Como eles não pagam os salários, decidimos parar e esperar pelo pagamento, uma vez que, infelizmente, ninguém nos dá uma satisfação”, alega.

A Escola Municipal do Vila Nova está projetada para ter 12 salas e as obras foram iniciadas em agosto do ano passado, com custo de R$ 5.479 mil, e previsão de ser concluída em agosto deste ano. José Luiz Medina, morador e sindicato do Vila Nova II, diz que os trabalhadores da mesma construtora, que trabalham em obras de conclusão do empreendimento também decidiram cruzar os braços. Segundo ele, o custo da retomada para a conclusão do Vila Nova é de R$ 36 milhões, sendo que todo empreendimento teve um custo de R$ 140 milhões. “É lamentável o que está acontecendo aqui. Os trabalhadores estão sem receber e as obras de conclusão do empreendimento também estão paradas”, conta.

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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