Dengue pode ser contraída quatro vezes

Seconci-SP dá orientações para prevenir a doença e combater o mosquito transmissor nos canteiros de obras

 São Paulo, 16 de novembro de 2017 – No próximo dia 18 de novembro será celebrado o ‘Dia Nacional de Combate à Dengue’, instituído pelo governo federal em 2010 com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a importância de combater o mosquito transmissor da doença. E o Seconci-SP (Serviço Social da Construção) aproveita a data para esclarecer quais são os principais sintomas e formas de tratamentos da doença, além de fornecer orientações para a eliminação dos criadouros no canteiro de obras.

 Causada por um vírus, a dengue é transmitida pela picada de um mosquito, o Aedes Aegypti. A médica clínica Nádia Maria Pereira de Mattos, do Seconci-SP, explica que os principais sintomas dos pacientes infectados são febre alta, dor de cabeça, nas articulações e atrás dos olhos, náuseas, tontura, cansaço extremo, manchas pelo corpo e perda de apetite e paladar.

 “Existem quatro variações do vírus da dengue. Ao ser infectada, a pessoa fica imune àquele tipo. Por isso, um paciente pode ter a doença até quatro vezes”, explica a dra. Nádia Maria. “Os sintomas são os mesmos em todos os tipos, com exceção do 4, que é a hemorrágica – e mais grave –, em que o paciente apresenta sangramentos, fica extremamente debilitado em virtude da queda de plaquetas no sangue e pode até morrer”.

 Os primeiros sinais podem aparecer de 2 a 9 dias após o contágio, que é o período de incubação da doença. Já a detecção da dengue, de acordo com a especialista, ocorre por meio de exame de sangue, realizado preferencialmente a partir do sexto dia de contaminação, quando os resultados são mais conclusivos. Quanto ao tratamento, como não existe cura para a dengue, é focado na atenuação dos sintomas e hidratação do paciente”, comenta.

 Prevenção

 A forma mais simples de prevenir a doença é eliminando os criadouros do Aedes Aegypti, recomenda a coordenadora do setor de Serviço Social do Seconci-SP, Angela Nogueira Braga da Silva. “Nas residências ou obras, o sucesso do processo de extinção do mosquito passa necessariamente pelo envolvimento de todas as pessoas que convivem naquele ambiente”.

 Por isso, para a especialista, ações de conscientização por parte das empresas são fundamentais para a solução do problema. O Seconci-SP, por exemplo, conta com serviço de orientação itinerante que vai até a obra para explicar aos trabalhadores as formas mais eficazes de eliminar os possíveis focos de reprodução do mosquito.

 Além disso, Angela explica que é fundamental que as construtoras estejam atentas a locais como lonas, carrinhos de mão, betoneiras, lajes, tonéis e fossos de elevadores. “Qualquer lugar que acumule água, por menor quantidade que seja, como copos descartáveis e tampas de garrafa de refrigerante, é um criadouro em potencial”.

 E estes cuidados não devem se restringir ao canteiro de obra ou aos muros da residência. É preciso estar atento também aos entornos, como terrenos baldios e casas abandonadas. “Quando a pessoa identificar um local que possa ter criadores, a recomendação é acionar a prefeitura para que ela realize a fiscalização e, quando necessário, adote as medidas necessárias de prevenção”, comenda a coordenadora.

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