Sindicalistas foram a SP protestar contra alteração nas regras de programas sociais dos trabalhadores

DSC_5446Um grupo de dirigentes sindicais de Piracicaba, ligados aos Sindicatos dos Trabalhadores de Alimentação, Comerciários, da Construção Civil e de outras categorias, também ligados ao Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba), esteve nesta quarta-feira, 28 de janeiro, em São Paulo, participando da manifestação organizada pelas centrais sindicais contra as Medidas Provisórias 664 e 665, anunciadas no final do ano passado pelo governo federal, que alteram regras para benefícios sociais como pensão, auxílio-doença e seguro-desemprego. O manifesto, denominado de “O Dia Nacional de Lutas por Emprego e Direitos”, interditou uma das pistas da avenida Paulista, próximo ao Masp, reunindo cerca de 10 mil pessoas de diversas regiões do Estado.

 De acordo com Fânio Luis Gomes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Piracicaba e Região, e coordenador regional da Força Sindical, a intenção de participar desta manifestação, que contou com a participação das principais lideranças sindicais do Brasil,  foi para marcar posição de que os trabalhadores da cidade não concordam com estas medidas e querem sua revogação. O manifesto foi marcado por uma passeata até o prédio da Petrobras e depois para o Ministério da Fazenda, com o objetivo de entregar um documento com críticas às medidas do governo. Durante a manifestação foi defendido que  o governo adote fórmulas para melhorar a arrecadação e evitar a retirada de benefícios trabalhistas, como o combate à fraude, à evasão de pagamento dos direitos e aumento da fiscalização.

Milton Costa, presidente do Sindicato da Construção e do Mobiliário de Piracicaba (Sinticompi), e Roberto Previde, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Piracicaba – ambos ligados à UGT – argumentaram que as medidas provisórias prejudicam a classe de trabalhadores mais fragilizadas, como é o caso dos trabalhadores da construção civil e dos comerciários, onde há uma alta taxa de rotatividade. A alegação é de que diminuir o seguro-desemprego e cortar o abono são medidas que acabam prejudicando principalmente aqueles que conseguem empregos de pequena duração e os jovens que estão pegando empregos de muita rotatividade no nosso país.

Durante o ato também foi lembrado que reivindicações antigas dos trabalhadores, como a redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário, a correção da tabela do imposto de renda, são pontos que estão afetando o bolso do trabalhador, mas que não se tem cogitação de serem atendidas. “Queremos que o governo e o Congresso Nacional, que estará assumindo um novo mandato em primeiro de fevereiro, dê atenção especial a esta pauta trabalhista”, destaca Fânio.

 Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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