Sindicato da Construção monta força-tarefa para combater ancoragem irregular em condomínios

img_20161214_085851939O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba (Sinticompi) decidiu fazer uma operação força-tarefa a partir desta semana, visando combater a utilização de ancoragem irregular utilizados em condomínios, tanto para pintura como limpeza em altura que fogem às normas de segurança e colocam em risco a integridade física do trabalhador. Um  grupo de assessores esteve reunido com a diretoria do sindicato nesta manhã de quarta-feira, 14 de dezembro, e irá intensificar a fiscalização e, quando constatado o problema, denunciará o caso ao Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), assim como ao Ministério do Trabalho e ao Ministério Público do Trabalho para que o serviço desenvolvido de forma irregular seja suspenso.

De acordo com o presidente do Sinticompi, Milton Costa, muitos condomínios, visando reduzir custos, tem utilizado sistema de contrapeso para ancoragem dos equipamentos utilizados no serviço e do próprio trabalhador, o que é proibido pela legislação, assim como provoca uma concorrência desleal com empresas que trabalham de acordo com as normas estabelecidas. A NR 18, no capítulo destinado à ancoragem, estabelece que nas edificações com, no mínimo, quatro metros ou altura de 12 metros, a partir do nível térreo, devem ser instalados dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes e de cabos de segurança para o uso de proteção individual a serem utilizados nos serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas.

Os pontos de ancoragem devem ser constituídos de material resistente às intempéries, como aço inoxidável, inclusive com os pontos de ancoragem de equipamentos e dos cabos de segurança devendo ser independentes, com capacidade para suportar carga de 1.500 quilos. “No entanto, muitas empresas e prestadores de serviços, visando baratear o custo do serviço, acabam improvisando com contrapeso, o que coloca em risco a segurança do trabalhador e das próprias pessoas que circulam pelo local”, destaca Milton Costa.

O presidente do Sindicato diz que esta ação visa tirar o trabalhador do risco eminente e chamar a atenção do condomínio para a responsabilidade. “Com nossa ação, queremos eliminar o improviso no trabalho que exige ancoragem. A população também pode colaborar, denunciando casos ao sindicato, tanto pelo telefone 3437-5100, ou diretamente em nossa sede, na rua José Pinto de Almeida, 295,  para que possamos agir”, completa.

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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