Sindicatos ligados ao Conespi convocam trabalhadores para ato público contra as reformas da Previdência e trabalhista

conespiSindicatos filiados ao  Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (Conespi) intensificaram nesta semana a mobilização de convocação de trabalhadores e da população para um grande ato público contra as reformas da Previdência Social e da legislação trabalhista, marcado para este sábado, na Praça José Bonifácio, com concentração a partir das 9 horas. Dirigentes sindicais da alimentação, bancários, construção civil, comerciários,  papeleiros, metalúrgicos, motoristas do transporte urbano, motoristas, hoteleiros, movimentadores de mercadorias, frentistas, condomínios, enfim, das cerca de 30 categorias de trabalhadores representados pelo Conespi estão percorrendo suas bases, distribuindo material convocando a todos para o ato.

Conforme o presidente do Conespi, Francisco Pinto Filho, o Chico, foram impressos 50 mil panfletos de convocação dos trabalhadores e da sociedade para este ano. “Queremos  reunir o maior número de trabalhadores e populares para este ato, mostrando que Piracicaba não defende estas reformas que prejudicam a população como um todo”, destaca o líder sindical, acrescentando que as reformas trabalhista e da Previdência Social são perniciosas aos trabalhadores. “Querem a volta da escravidão”, enfatiza.

“Neste 1º de abril, vamos mostrar as mentiras do governo Temer contra os trabalhadores”, diz trecho do manifesto convocatório distribuído na cidade desde a semana passada, onde também é destacado que, com as reformas, “homens e mulheres só poderão se aposentar com 65 anos de idade e 35 anos de contribuição”. Já em outro trecho é enfatizado que “Que trabalhador tem a garantia de que terá emprego registrado em carteira com 65anos de idade ou mais?”. É que se a reforma da Previdência Social for aprovada como está, para se aposentar, o homem e a mulher terão que ter, no mínimo, 65 anos de idade e 35 de contribuição.

O material também enfatiza que a “reforma da legislação trabalhista é a volta da escravidão”. “Com esta reforma, o trabalhador ficará, de vez, nas mãos do patrão”, diz outro trecho. O material também ressalta que na reforma trabalhista está embutida as propostas de negociar o que os trabalhadores já têm, como férias, aumento da jornada de trabalho, implantação da jornada intermitente, redução do intervalo para refeição, redução do tempo para o trabalhador reclamar na Justiça do Trabalho, banco de horas, participação nos lucros, mudança no seguro-desemprego, entre outras conquistas obtidas ao longo das últimas décadas, com muita luta e ações.

Com esta convocação, sem precisar número, o presidente do Conespi diz que “queremos que o maior número de pessoas participe, traga suas famílias, amigos, vizinhos. Esta é uma luta de todos nós e temos que juntar forças para mostrar que somos contra estas reformas porque são prejudiciais à nossa população. Os estudos indicam que se aprovadas vão deixar a população brasileira ainda mais pobre e sem amparo”, completa.

Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124

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